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(NR7 PCMSO) O FUMO NO TRABALHO NO DIA MUNDIAL SEM TABACO
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(NR7 PCMSO) O FUMO NO TRABALHO NO DIA MUNDIAL SEM TABACO

por Adminstrador31 de maio de 2012

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(NR7 PCMSO) O FUMO NO TRABALHO NO DIA MUNDIAL SEM TABACO

Quinta-feira, 31 de Maio, Dia Mundial Sem Tabaco

ASPECTOS ATUAIS SOBRE A SITUAÇÃO
NO MUNDO DO TRABALHO

Prof. Samuel Gueiros, Médico do Trabalho
Coordenador NRFACIL

O CONSUMO ESTÁ AUMENTANDO –
A PRESSÃO DOS FUMANTES PASSIVOS

O número absoluto de pessoas que fumam continua a subir. Esse hábito deve ser sempre considerado nos exames admissionais (PCMSO) naquelas atividades em que existam fatores de risco (poeiras, fumos e névoas) nos ambientes de trabalho e que acabam aumentando o risco de doença respiratória. Por outro lado, a legislação antifumo e medidas restritivas nos ambientes de trabalho mostram uma tendência na redução do consumo.

Desde 1986 que as autoridades sanitárias mundiais já sabem que o fumo involuntário no trabalho é causa de doença e morte, inclusive câncer de pulmão, em pessoas não fumantes. Em pesquisa com quase 10.000 trabalhadores, verificou-se que aqueles chamados “fumantes passivos” (que inala a fumaça dos que fumam no mesmo ambiente) causam um custo adicional às empresas e aos serviços de saúde, devido a faltarem mais ao trabalho e por buscarem mais os serviços de saúde.

Outros Estudos (veja links no final) indicam que as políticas oficiais e dentro das empresas tem sido implementadas ultimamente muito mais pela pressão dos não fumantes, dos fumantes passivos. Mesmo com locais restritos para fumo, os trabalhadores não fumantes relatam desconforto nos locais de trabalho. O estudo apontou que em empresas que não adotam políticas antifumo, os não fumantes tem um risco oito vezes maior de desenvolverem doenças relacionadas ao tabagismo.

images-111IMPACTO DA LEGISLAÇÃO

Considerando que a política sobre fumo no trabalho influencia a saúde dos fumantes passivos, um Estudo envolvendo mais de 50.000 pessoas foi realizado nos Estados Unidos (em entrevistas de 14 minutos por telefone, ou seja, fora do local de trabalho) procurando avaliar o impacto nos ambientes de trabalho da legislação antifumo por parte do Governo, principalmente em relação aos não fumantes. Avaliou-se tambem as medidas adotadas pelas empresas em relação a essas políticas.

Um Estudo partiu das seguintes premissas em relação à legislação:

-a legislação é rigorosa e o fumo não é permitido em nenhum local de trabalho

– a legislação não é rigorosa, em alguns casos determina a restrição de locais para fumantes

– inexiste legislação sobre o assunto.

O Estudo concluiu que somente a existência de legislação rigorosa em relação ao  fumo no trabalho é a forma mais significativa de aumentar a probabilidade de que as empresas adotem políticas antifumo. E mesmo que as empresas não adotem políticas internas antifumo, a simples existência da legislação tem significativo impacto na redução dos hábitos de fumo por parte de trabalhadores e na redução dos riscos aos não fumantes.

Outro Estudo mostrou que quando a empresa anuncia a implantação de uma politica de proibição de fumo nos ambientes de trabalho, (digamos, dentro de 6 meses) a redução do consumo começa com esse anuncio e essa redução vai aumentando gradualmente. O estudo esperava ainda que houvesse um aumento de consumo de cigarro fora dos ambientes de trabalho (por um mecanismo de compensação), mas não é o que ocorreu. Ou seja, políticas governamentais restritivas e políticas internas dentro da empresa ajudam a reduzir gradualmente o consumo de cigarro e assim reduzem o risco de doenças relacionadas ao fumo, dentro e fora de trabalho. E os maiores beneficiados são exatamente os chamados “fumantes passivos”, que não tem o hábito de fumar, mas sofrem com os efeitos da fumaça daqueles que fumam dentro do trabalho.

1177424225tjm23pHISTÓRICO – O CUSTO DO CIGARRO

Há algum tempo atrás, a restrição de fumo nos locais de trabalho era adotada muito mais por medida de segurança do que pela saúde dos trabalhadores.

Recentemente as políticas antifumo no trabalho tem se desenvolvido obedecendo às restrições impostas por legislação e por pressões crescentes nos custos da saúde pública para o tratamento e reabilitação de doenças relacionadas ao fumo. Observou-se também que muitas empresas ficam esperando que o Governo tome a iniciativa, para então elas próprias adotarem políticas antifumo. E, mais recentemente, por pressão de trabalhadores não fumantes (os fumantes passivos), principalmente nos locais de trabalho.

Um outro aspecto dos estudos sobre o assunto é o crescente conflito de interesses entre a sociedade, incluindo os trabalhadores, e as indústrias do fumo.

O CUSTO DO CIGARRO

O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).  O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.

O Estudo feito pela OMS, divulgado ao ensejo do Dia Mundial sem Cigarro, demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas – cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral – responderam por 83% dos gastos.

Os dados indicam que os fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens, a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de 2,05 dos ex-fumantes.

Entretanto, a indústria do fumo alega a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade, para justificar a não adoção de medidas de prevenção. Mesmo assim, estima-se que a cada dólar arrecado com imposto de cigarro, se gasta 3 no tratamento.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que estão utilizando os agricultores brasileiros para atuar como lobbistas em defesa dos interesses da indústria do cigarro, advertindo que a indústria convenceu os agricultores a apoiar a posição de que cigarros com sabor não atrai crianças.

JOVENS E MULHERES

Um outro aspecto relevante para a adoção de medidas restritivas é que cada vez mais jovens estão fumando mais e assim esse grupo populacional se torna o alvo da indústria do tabaco, assim como as mulheres e, de fato, tem se observado o aumento do hábito de cigarro entre as mulheres mais jovens. Pesquisas indicam que a população que mais fuma tem menos de 25 anos. As ações de marketing para o fumo ampliam-se com o marketing agressivo para o consumo de álcool, entre jovens e mulheres. Sabe-se que o consumo do álcool ajuda no consumo do cigarro.

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DICAS DO INSTITUTO NACIONAL DO CANCER

Parar de fumar não é uma tarefa fácil. Mas alguns truques tornam essa meta possível. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) dá algumas dicas:

A nicotina é uma das drogas mais poderosas do mundo e atinge o cérebro em apenas sete minutos.

O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Esse dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo que goste de fazer para se distrair e relaxar.

Você pode escolher duas formas para deixar de fumar:

Parada imediata:
Essa deve ser sempre a primeira opção. Você deixa de fumar de uma só vez, cessando totalmente de uma hora para outra.

Parada gradual:
Você pode usar esse método de duas maneiras.

– Reduzindo o número de cigarros. Para isso, é só contar o número de cigarros fumados por dia e passar a fumar um número menor a cada dia.

– Adiando a hora em que fuma o primeiro cigarro do dia. Você vai adiando o primeiro cigarro por um número de horas predeterminado a cada dia até chegar o dia em que você não fumará nenhum cigarro.

– Se você escolher a parada gradual não deve gastar mais de duas semanas no processo.

Atenção!
Fumar cigarro de baixos teores não é uma alternativa. Eles fazem tanto mal à saúde quanto os outros cigarros. Cuidado com os métodos milagrosos para deixar de fumar. Se tiver dúvidas, procure orientação médica. Somente um médico poderá avaliar a utlização de outros métodos, como, por exemplo, adesivos de nicotina.

Repense sua rotina
Para quebrar as associações que existem entre fumar e sua rotina, é necessário planejar atividades para colocar “no lugar do cigarro”. Pense no que seria possível fazer para mudar sua rotina e busque atividades diferentes. Você deve manter seus prazeres e lazeres sem o cigarro. Nesse período inicial, contudo, é melhor evitar certas situações até que você se sinta fortalecido para lidar com elas.

Invista em seu preparo físico

Procure iniciar caminhadas, de preferência em lugares agradáveis. Se não gosta de caminhar, procure outro exercício ou esporte que o agrade. Preencha seu tempo com algo que você realmente goste de fazer. Dance, pratique jardinagem, cozinhe pratos diferentes, vá ao cinema, museus, ouça música, namore, leia, bata papo com os amigos. O importante é cuidar do corpo e da mente.

O que pode acontecer quando você deixa de fumar?

Fique de olho na alimentação.
Se a fome aumentar, não se assuste. É normal um ganho de peso de até 2 quilos após deixar de fumar porque seu paladar vai melhorando e seu metabolismo, se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais do que está acostumado. Evite doces e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada, com alimentos de baixa caloria, frutas, verduras, legumes. Para distrair a fome, chupe balas ou chicletes dietéticos. Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. Evite tomar café e bebidas alcoólicas. Eles podem ser um convite ao cigarro. Procure trocá-los por chá e conquetéis sem álcool (como de frutas e tomate).

Lidando com a vontade de fumar

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina, considerada uma droga. E daquelas bastante poderosas, pois atinge o cérebro em apenas sete minutos. É normal, portanto, que os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis. Ao parar de fumar você pode se sentir ansioso, com dificuldade de concentração, irritado, ter dores de cabeça e sentir aquela vontade intensa de fumar. Cada pessoa tem uma experiência diferente. Uns sentem mais desconforto; outros não sentem nada. Mas não desanime, tudo isso vai desaparecer no máximo em duas semanas!

Para fugir das armadilhas

Nos momentos de estresse
Quando perdemos alguém querido, passamos por dificuldades financeiras, problemas no trabalho, rompemos um relacionamento, a resposta automática pode ser o cigarro. Procure se acalmar e entender que momentos difíceis sempre vão ocorrer e fumar não vai resolver seus problemas!

Se sentir muita vontade de fumar
Para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos. Não fique parado – converse com um amigo, faça algo diferente, distraia sua atenção. Saiba que a vontade de fumar não dura mais que alguns minutos.

Evite o primeiro cigarro e você evitará todos os outros
Alguns ex-fumantes acabam voltando a fumar por estarem se sentindo tão bem que acham que podem fumar apenas um cigarro – ou só acender o cigarro de um amigo. Mesmo uma só tragada pode levar você a uma recaída. Portanto, todo cuidado é pouco.

Muitas vezes essa decisão é adiada para evitar o “desconforto” de ficar sem o cigarro. Outras, por acreditar que é possível parar a qualquer momento. Podemos ainda buscar o momento ideal ou esperar que a vontade e a certeza de querer parar de fumar apareçam! Que tal pensar um pouco sobre essa decisão?

Fontes principais: http://ajph.aphapublications.org/doi/pdf/10.2105/AJPH.80.2.178
http://bmj-tobacco.highwire.org/content/3/1/15.full.pdf

Prof. Samuel Gueiros, Médico do Trabalho
Coordenador NRFACIL

Sobre o Autor:
Adminstrador
7Comentários
  • Odair Justo
    31 de maio de 2012 até 18:24

    Um dos principais episódios sobre a falta de conclusões cientificamente comprovadas sobre o fumo foi protagonizado pela própria Organização Mundial da Saúde, há dez anos. As organizações de combate ao fumo e a própria OMS tentaram esconder o fato, com censura e ameaça à imprensa…. mas teve que engolir em seco pouco depois.
    No dia 8 de março de 1998, saiu a seguinte reportagem no jornal britânico The Telegraph, assinada pela repórter Victoria Macdonald:

    “A principal organização de saúde do mundo censurou a publicação de um estudo que mostra que não apenas pode não haver ligação entre o fumo passivo e o câncer de pulmão, como ele poderia até mesmo ter um efeito protetor.
    Os surpreendentes resultados devem escancarar o debate sobre os riscos do fumo passivo. A Organização Mundial da Saúde, que encomendou o estudo a 12 centros em sete países europeus, não tornou pública a descoberta, e em vez disso produziu apenas um sumário dos resultados em um memorando interno.
    Apesar das várias tentativas, ninguém no escritório central da OMS em Genebra quis comentar as descobertas na semana passada. Na Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, em Lion, na França, um porta-voz disse apenas que o estudo completo foi enviado a um periódico científico e que a data de publicação ainda não foi marcada.
    As descobertas certamente são um vexame para a OMS, que gastou anos e vastas quantias em campanhas anti-fumo e anti-tabaco. O estudo é um dos maiores já feitos sobre a ligação do fumo passivo – ou a Fumaça Ambiental de Tabaco (FAT) – e o câncer de pulmão, e era ansiosamente aguardado por especialistas médicos e grupos engajados nas campanhas.
    Ainda assim os cientistas descobriram que não havia evidência estatística de que o fumo passivo causaria câncer de pulmão. A pesquisa comparou 650 pacientes de câncer de pulmão com 1.542 pessoas saudáveis. Foram analisadas pessoas que eram casadas com fumantes, que trabalhavam com fumantes, que tanto eram casadas quanto trabalhavam com fumantes, e aquelas que cresceram junto a fumantes.
    Os resultados sustentam não haver risco adicional para uma pessoa convivendo ou trabalhando com um fumante, e poderiam sustentar que o fumo passivo tem um efeito protetor contra o câncer de pulmão. O sumário, visto por The Telegraph, também diz: “Não houve associação entre o risco de câncer de pulmão e a exposição a FAT durante a infância”.
    (…)”
    Obviamente a evidência causou um embaraço para a OMS e a reação autoritária de entidades que se sustentam pregando a repressão aos fumantes. A organização não-governamental inglesa ASH (Action on Smoking and Health) protocolou uma queixa contra o The Telegraph na Comissão de Reclamações da Imprensa (PCC) da Grã-Bretanha, argumentando que o sumário do estudo da OMS havia sido mal-interpretado. Mas em outubro de 1998 o estudo foi finalmente publicado no Journal of the National Cancer Institute, confirmando as informações que foram veiculadas pela reportagem. A PCC teve, então, que indeferir o protesto da ASH contra o The Telegraph.

    • 31 de maio de 2012 até 20:25

      Pois é, Odair, 10 anos depois a OMS e organizações científicas continuam teimosamente publicando trabalhos correlacionando fumo a câncer abrangendo um grande número de casos e parecem que não aprenderam a lição do trabalho que vc mencionou. Os Tribunais estão indo nessa mesma direção, pois familiares e vítimas das doenças pulmonares supostamente associadas ao câncer tem conseguido processar com sucesso as empresas de Tabaco e receberem altas somas de dinheiro. Enquanto a OMS e outras instituições financiam pesquisas científicas sobre o assunto, apenas a indústria de tabaco paga bem a pessoas para escreverem textos como o seu.

  • René Afonso Rezende
    31 de maio de 2012 até 20:16

    Fumei desde os 11 anos de idade e isso significa que fumei durante 43 anos, pois hoje tenho 54. Só parei de fumar porque intoxiquei com o odor forte de uma tinta. Tome birra do cigarro e hoje está fazendo 9 meses que parei. Maravilhoso. Fui muito burro fumando e espero ter parado a tempo de viver muitos anos ainda.
    Todos os fumantes deveriam intoxicar igual aconteceu comigo, pois naquele momento eu queria morrer de outra maneira, mas nunca sem ar igual me faltou.

  • Odair Justo
    31 de maio de 2012 até 21:08

    O texto não é meu.
    Só citei fatos disponíveis na Internet.
    Não defendo o tabagismo, mas sou contra o fascismo que tomou conta do assunto.
    Sou a favor de fatos e verdades e não de ideologismos.
    Paralelamente mente-se deslavadamente em outros assuntos relacionados:
    Segundo um estudo de pesquisadora da ENFP/Fiocruz os custos atribuíveis ao tabagismo foram de R$ 338.692.516,02 em 2005.
    Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=custos-cigarro-sus&id=5645
    Já os custos com doenças causados pela obesidade e suas complicações foram de R$ 1,5 bilhões segundo estudo da UFRGS.
    Fonte: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25375/000741594.pdf?sequence=1
    Vamos proibir doce, hamburgers e tudo o que engorda?
    O genial escritor britânico C.S. Lewis nos alertava:
    Dentre todas as tiranias, uma tirania exercida pelo bem de suas vítimas pode ser a mais opressiva. Pode ser melhor viver sob um ditador explorador do que sob bisbilhoteiros morais onipresentes. Pode ser que a crueldade do ditador explorador esmoreça, pode ser que uma hora sua cobiça seja saciada; mas aqueles que nos atormentam para o nosso próprio bem irão nos atormentar para sempre, pois eles fazem isso com a aprovação de suas consciências.
    As políticas antitabagistas em voga dão às pessoas insatisfeitas (junto com políticos e ativistas) o controle real sobre os direitos de propriedade, que é o que esses ativistas de fato querem. Para disfarçar um pouco do totalitarismo, todo o argumento é colocado sob o manto do cientificismo: “Todos os carcinógenos do grupo A deveriam ser banidos dos ambientes de trabalho, o máximo possível”, gritou um ativista de uma corrente de e-mails.

    O argumento dos “Carcinógenos Classe A”, embora de início soe bem, é apenas mais um truque retórico. De acordo com pesquisadores do câncer, a fumaça do cigarro carrega carcinógenos “Classe A”, e estes supostamente têm efeito sobre os não-fumantes. Considerando-se que grande parte das pesquisas antitabagistas tem fortes motivações políticas, deve-se sempre desconfiar de qualquer resultado delas. (Por exemplo, a mídia recentemente trombeteou aos quatro cantos um “estudo” que afirmava que proibições ao cigarro poderiam cortar pela metade os ataques cardíacos. A Reason Foundation já desmitificou estes e outros estudos).
    “Ah, mas ninguém discorda que o cigarro faz mal à saúde! Há muitos estudos que comprovam isso!” Será? Ok, não vamos discutir isso aqui. Mas a pergunta que fica é: E daí? Várias coisas fazem mal à saúde. O que interessa é que o indivíduo seja livre para cometer o erro que quiser, de maneira que ele próprio faça a sua avaliação de custos e benefícios.
    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=266

  • Samuel Gueiros
    2 de junho de 2012 até 15:14

    Olá, Odair, concordo plenamente com vc sobre as “tiranias”, e, de fato, a tirania das indústrias para o carbohidrato tem sido mesmo mais deletéria do que a do cigarro. Uma outra tirania ainda mais nefasta é a do álcool, pois ambas são estimuladas pela mídia, sem restrições como a do cigarro. Os prejuízos causados pelo álcool vão assumindo proporções catastróficas principalmente quando analisamos os acidentes de trânsito envolvendo não consumidores de álcool, ou seja, está se criando uma nova categoria tambem de “bebedores passivos”. Por essa análise, deveria existir tambem um “Dia Mundial sem Álcool’ ou um “Dia Mundial sem Açucar” mas evidentemente os interesses das indústrias para o carbohidrato e para o álcool são muito maiores do que os do cigarro para que isso possa ocorrer. As estatísticas alarmantes sobre o cigarro deveriam ser publicadas simultaneamente com as do álcool e da obesidade, e isso seria sem dúvida menos “fascista”. O contraponto de suas mensagens ao artigo principal do post me parece extremamente oportuno – o assunto tornou-se agora mais elucidativo. Obrigado.

  • Darlei de Oliveira
    3 de junho de 2012 até 13:37

    Adorei o conteúdo estão de parabéns. Obrigado pelas informações que e de muito aproveito para interagir ainda mais os nossos conhecimento.

  • Wagner Dias
    4 de junho de 2012 até 15:13

    Ótima a matéria, principalmente quando mostra os custos de tratamento com fumantes. Por mim essas contas tinham que ser repassadas para a indústria do cigarro, o que, automaticamente, aumentaria drasticamente o preço do cigarro e doendo no bolso do fumante, o que, por si só, diminuiria o consumo. Além disso tem uma situação pouco abordada: e o trabalhador ue não fuma?ele tem o mesmo contrato que o fumante, porém ele não pára seu serviço para ir fumar. Se um trabalhador fuma 4 cigarros por dia (com uma média de 15 minutos por cigarro), este passará uma hora de sua jornada de trabalho sem produzir. Em uma semana são 5 horas, e 20 horas em um mês, ou seja, a empresa está pagando p/ ele não trabalhar enquanto o outro, que não fuma, produz mais e ganha a mesma coisa. Já está na hora de se pensar em contratos separados p/ mesma função. O trabalhador declararia se é fumante ou não. Essa medida por si só rediziria substancialmente o número de fumantes em uma empresa e a saúde do trabalhador seria outra, pois se ele passa mais tempo na empresa que fora dela ele diminuiria seu tempo p/ fumar.

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