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(NR-6 EPI) COMO USAR EPI SOB VARIAÇÕES DE TEMPERATURA?
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(NR-6 EPI) COMO USAR EPI SOB VARIAÇÕES DE TEMPERATURA?

por Adminstrador21 de julho de 2013

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O artigo abaixo foi traduzido de site internacional, escrito por especialista em produtos ergonômicos. A publicação aborda a necessidade de se dar atenção às variações de temperatura nos ambientes de trabalho e a funcionalidade de algumas medidas de bom senso e de seleção de EPI para proteção do trabalhador nessas situações. Na segunda parte do artigo, selecionamos alguns itens básicos da NR-6, indispensáveis para a compreensão do assunto no contexto da legislação.

 

Que tipo de EPI o trabalhador deve usar quanto as temperaturas do ambiente de trabalho flutuam durante a jornada de trabalho?

Adria Ensrud, especialista em produtos ergonômicos
Artigo traduzido do National Safety Council (Austrália).
Tradução: Prof. Samuel Gueiros, Med Trab, Coord NRFACIL

Trabalhar e transpirar andam juntos igual a fumaça e fogo, porcas e parafusos ou raio e trovão. Suar é a forma natural de arrefecimento do corpo, uma espécie de “cooler” biológico. Com mais de 2 milhões de glândulas sudoriparas, um trabalhador médio gasta mais ou menos 8 litros e suor em uma jornada de 8 horas diárias. A chave para a proteção é gerenciar de forma efetiva a perspiração procurando drená-la da pele enquanto ela evapora. No Trabalho é importante que o corpo permaneça seco e confortável.

É importante pensar que os trabalhadores são uma espécie de “atletas ocupacionais” com habilidades, treinamentos, ferramentas e motivação para fazer com que o trabalho seja cumprido de forma correta. E justamente como atletas profissionais, os uniformes devem ser configurados para uma aparência profissional e otimizar a performance. Porisso, as vestimentas para alta performance no trabalho devem oferecer mais do que um par de um jeans velho e uma camiseta de algodão.

A maioria dos uniformes de alta performance hoje em dia são fabricados com material de tecnologia avançada incluindo fibras sintéticas. Essas fibras recebem um tratamento adicional para resistir a manchas e odores além de propiciar proteção contra raios ultravioletas. O resultado são fibras desenhadas para qualquer tipo de trabalho.

images (3)QUANDO O CLIMA ESTÁ FRIO

A questão principal persiste: quando você você acorda com a temperatura marcando 5 graus com previsão para 22 graus para o meio dia, o que você vai vestir? Esse drástico intervalo de temperatura indica a necessidade de utilizar algumas camadas de roupas, começando com uma malha ajustada e fina perto da pele. Malhas especiais de tecido absorvente são desenhadas para transportar umidade para as fibras intermediárias e externas. Malhas intermediárias leves trabalham para aprisionar ar quente promovendo isolamento. Finalmente a malha externa promove adicional isolamento e proteção com os elementos mais agressivos da natureza. Descolar ou abrir uma camada se ela começar a ficar quente, e fechar se começar a esfriar. Em alguns países com condições de frio extremos, é recomendável pelo menos 3 camadas para prevenir o stress do frio.

images (4)QUANDO O CLIMA ESTÁ QUENTE

Para zonas de trabalho que variam de quente para até mais quente, o problema todo é a drenagem. Quando a temperatura começa a aumentar, uma escolha adequada seria uma camisa de malha fina e leve, para permitir a melhor ventilação. O ideal e uma combinação com um produto de ventilação absortiva, como tecido felpudo, esponjas, elásticos e tecidos especiais para ajudar a segurar ou drenar o suor dos olhos e das mãos.

ADAPTAÇÃO E CONFORTO

Nada disso importa, é claro, se a vestimenta não for confortável. Uniformes devem estar bem ajustados, permitir mobilidade e cobertura. Costuras não podem atrapalhar os cintos e alças dos materiais de segurança. Esses equipamentos precisam de manutenção leve (lavagem a seco não é uma boa opção) e prontos para trabalho duro e sob condições de trabalho desafiantes.  Assim, uniformes bem projetados para estarem ajustados e apropriadamente vestidos, ajuda aos trabalhadores se sentirem bem com uma aparência profissional bem como permanecem focados no trabalho.

Nova Imagem (7)NRS E EPI
(Prof. Samuel Gueiros)

Utilizando o Remissivo do site www.nrfacil.com.br, vamos rever algumas definições importantes. Em primeiro lugar a própria definição de EPI na NR-6. Observe que a não conformidade com essa exigência pode acarretar um custo fiscal para a empresa infratora de Grau 4 (assinalada no retângulo amarelo à direita), sendo importante salientar ainda a necessidade de que o EPI tenha a indicação do CA (Certificado de Aprovação):

 

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Defepi

Um outro aspecto importante é a obrigatoriedade do fornecimento do EPI por parte da empresa e a necessidade de que o EPI  atenda às peculiaridades de cada atividade profissional bem como do que preconiza o Anexo I desta NR. Observe que o não cumprimento deste regulamento vai implicar em um custo fiscal de Grau 4.

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Obrigatorio

A NR-6 estabelece alguns parâmetros quando ao CA de cada EPI, que deve ser observado pelo SESMT. Observe que EPI vencido (item 6.9.1) constitue infração grave, visto que o Grau da Infração é 4.

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Finalmente, destacamos alguns itens do Anexo I da NR-6, com destaque para o item H – Proteção para o Corpo Inteiro, com algumas características de isolamento térmico e químico dos EPIs:

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Boa leitura!

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Sobre o Autor:
Adminstrador
1Comentários
  • MARCONDES
    22 de julho de 2014 até 14:20

    Prezado,

    A partir de qual temperatura é necessario o uso de EPI para proteção contra superficies aquecidas?

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