(NRs-11, 12, 18) ANALISANDO ACIDENTES COM MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Os últimos acidentes de trabalho em obras da Copa-2014 e em uma grande autopista no Rio de Janeiro, trazem à discussão uma das atividades de maior risco em segurança no trabalho: o transporte de cargas ou a circulação de equipamentos para transporte de cargas. Essas atividades envolvem diversas variáveis de risco, como a carga, o equipamento transportador e os operadores, além de condições climáticas e do piso onde se desenrola a operação. Tais acidentes acabam gerando outros transtornos e acidentes secundários, como interdição de pistas, do tráfego público, incêndios, problemas ambientais e paralisação de obra. Além disso ocasionam enormes prejuízos incluindo danos patrimoniais e sobretudo a vida de trabalhadores. Na maioria dos casos analistas apontam a falta de planejamento e de supervisão como as principais causas originárias.
Em um Estudo publicado na Internet, o Eng de Segurança Francisco Navarro, da UFF, analisa a questão de forma sistemática estabelecendo categorias de problemas, os riscos associados e uma estatística de causas principais de acidentes observada em um determinado número de ocorrências.
Selecionamos apenas 3 exemplos de categorias, provavelmente as mais comuns, podendo-se buscar os demais resultados do Estudo no link abaixo da tabela. A fim de sumarizar alguns achados do Estudo do Prof. Navarro, elaboramos uma Tabela com 3 variáveis: 1) a categoria do problema; 2) o risco associado; e 3) uma estatística relacionada às ocorrências, com os dados do Estudo:
ACIDENTES COM TRANSPORTE DE CARGAS (fotos do Estudo)
CATEGORIA 1 |
RISCO |
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DIMENSIONAMENTO |
Dimensionamento inadequado do |
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ESTATÍSTICA (em 385 ocorrências) |
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CATEGORIA 2 |
RISCO |
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ENVOLVIMENTO DOS TRABALHADORES |
Queda das cargas ou acidentes |
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ESTATÍSTICA (em 270 ocorrências) |
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CATEGORIA 3 |
RISCO |
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TOMBAMENTO DO |
Tombamento do equipamento de guindar/transportar |
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ESTATÍSTICA (em 420 ocorrências) |
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Mencionamos outras categorias citadas pelo autor cujos detalhes podem ser acessados no link ao final (fonte):
ROMPIMENTO DOS PONTOS DE PEGA |
QUEDA DOS MATERIAIS TRANSPORTADOS |
ARRUMAÇÃO OU DISPOSIÇÃO DAS CARGAS |
ROMPIMENTO DO CABO OU CINTA DA CARGA |
Fonte: Engo. Antonio Fernando Navarro (slideshare)
AS NRs
Selecionamos alguns itens de NRs correlacionados ao tema, os quais orientam empresas e trabalhadores na prevenção de acidentes com transporte de cargas. Observe que esses itens contemplam praticamente todas as ocorrências mencionadas no Estudo relacionadas a esse tipo de acidente. Daí a importância de não somente conhecer mas manusear as NRs de forma correta e prática para a sua efetiva aplicação e não apenas consulta.
No site NRFACIL cada NR encontra-se em uma pasta, sendo possível acessar todo o texto ou selecionar itens da NR através de um índice remissivo. Acesse no site a pasta da NR mencionada e veja o texto correspondente aos destaques do remissivo. A seguir, colocamos infográficos de algumas NRs como exemplos.
A primeira NR selecionada (abaixo) é a NR-11 (TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, MANUSEIO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS) e no Remissivo escolhemos o item que estabelece principalmente regras de segurança para os cabos de aço, roldanas, correntes e ganchos. Nos acidentes em estádios da copa, atribui-se grande parte das falhas a esses itens dos equipamentos. Acesse o texto completo no site (www.nrfacil.com.br).
A segunda NR que selecionamos (abaixo) é a 12 (MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS). Observe o item em destaque do Remissivo (Aspectos Ergonômicos). Este item acrescenta mais detalhes à NR-17 (Ergonomia) no que diz respeito às condições para favorecer a confiabilidade das operações com redução de probabilidade de falhas. No acidente do Itaquerão, destacou-se que um TST havia alertado que a operação não iria ser confiável em função da instabilidade do terreno. Acesse a NR no site e leia o texto completo.
A terceira e última NR que escolhemos é a 18 (PCMAT) com a seleção do item Treinamento, aspecto indispensável na prevenção de qualquer tipo de acidente, especialmente os ocorridos no transporte e movimentação de cargas. O treinamento deve ser previsto não só para o início de cada fase da obra mas sempre que se tornar necessário. No acidente da autopista no Rio de Janeiro, tudo indica que o operador não recebeu treinamento adequado para a prevenção de uma ocorrência mecânica no veículo. O Estudo do Prof. Navarro enfatiza exatamente a falta de planejamento e supervisão, que só pode ser viabilizado com um adequado treinamento dos trabalhadores nas suas diversas funções:
Acesse no site as pastas das NRs e navegue pelo Remissivo, procurando os itens correlatos ao assunto. Você tambem pode acessar pastas de outras NRs que certamente estarão relacionadas bastando abrir a pasta e selecionar no Remissivo o item desejado. Apenas o texto do item selecionado será projetado, não sendo necessário ter que procurar em toda a NR.
Finalmente, agradecemos a autorização do Prof. Navarro para a publicação de parte do seu Estudo neste Blog.
Boa leitura!
Não observei nada em relação a comunicação: rigger/operador;fundamental no evento, principalmente se o operador não tem visibilidade da peça içada e a comunicaçao e atraves radio ht
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