(NRs 4, 7, 15 e 31) AGENTES QUÍMICOS E ALZHEIMER
Um novo estudo publicado nos EUA mostrou que pessoas que foram expostas ao pesticida DDT apresentam mais risco de ter mal de Alzheimer do que aquelas sem os traços do agrotóxico no sangue. A doença caracteriza-se principalmente por uma progressiva e irreversível perda da memória recente, tornando as pessoas acometidas dessa doença gravemente incapacitadas.
NOTORIEDADE
Observa-se que trabalhadores jovens, tem se preocupado muito com a doença de Alzheimer visto que ela afeta um dos elementos fundamentais para a vida e independência das pessoas: a sua memória. Assim, esses trabalhadores tem se queixado de “perda da memória” e achando que, mesmo ainda jovens, podem estar com a doença de Alzheimer. Em um ambiente de senhas e códigos por toda a parte, e com a manipulação de painéis de controle cada vez mais complexos, esquecer esses dados poderia significar o fim de uma carreira profissional.
Entretanto, é preciso estabelecer algumas diferenças. Nas pessoas idosas o mecanismo de perda da memória deve-se essencialmente a uma aceleração dos processsos de atrofia e degeneração do cérebro e comprometendo as suas funções integrativas, o que pode ocorrer por exemplo em trabalhadores que estiveram previamente expostos a agentes químicos, como os agrotóxicos. Os efeitos desses agentes não aparecem logo mas os trabalhadores que estiveram expostos a esses agentes podem de fato desenvolver doença de Alzheimer.
Com o aumento da expectativa de vida e a presença mais numerosa de pessoas acima de 60 anos, inclusive no mercado de trabalho, o número de casos diagnosticados tambem aumentou. Ou seja, graus variados de atrofia cerebral ocorrem em pessoas nessa faixa etária, havendo fatores agravantes. Fumo, álcool, obesidade, vida sedentária contribuem para o aumento desse processo e nos trabalhadores o contato com substâncias químicas exercem papel preponderante. Assim, a exposição a agentes químicos, como o DDT, pode aumentar o processo degenerativo cerebral ocasionando doenças em que Alzheimer tornou-se um paradigma.
O uso cada vez maior de agentes químicos nos ambientes de trabalho em trabalhadores sem proteção poderá ocasionar mais tarde uma maior incidência de pessoas com uma aceleração dos processos degenerativos cerebrais e serem acometidas de doença de Alzheimer.
Por outro lado, em trabalhadores jovens ocorrem os chamados “lapsos” de memória, provocados por uma sobrecarga de informação, típico dos nossos dias, em que se vive a chamada “sociedade 24 horas”. Essa sobrecarga associada a períodos frequentes de privação de sono acaba por associar fatores cumulativos para uma espécie de bloqueio temporário da memória nessas pessoas, levando-as a achar que estão com Alzheimer. É o sono regular, no mínimo 7 horas, o principal responsável por uma espécie de “manutenção” dos dispositivos relacionados à memória no cérebro. Sem um sono adequado, as pessoas vão ter problemas temporários de memória.
A sobrecarga de informações ocorre em pessoas que, por exemplo, acumulam trabalho durante o dia, estudam durante a noite e acessam a Internet na madrugada, ou então que trabalham em turnos alternantes. Assim, vão acumulando períodos de privação de sono. A combinação de stress e falta de sono pode acarretar bloqueios temporários (lapsos) na memória, não necessariamente perda da memória, como no caso da doença de Alzheimer, em que a perda da memória é progressiva e não recuperável.
O DDT foi banido nos EUA na década de 70, mas ainda é usado em alguns países. No Brasil, o uso do DDT foi proibido em 2009. Em um estudo prévio, os analistas encontraram níveis de DDE (um produto da degradação do DDT) mais altos no sangue de pessoas com Alzheimer.
Agora, eles compararam amostras de sangue de 86 pessoas com a doença e 79 saudáveis. Em média, os níveis de DDE eram quatro vezes mais altos em quem tinha Alzheimer do que no outro grupo. O DDE foi detectado, em qualquer nível, em 80% das pessoas com demência e em 70% dos indivíduos saudáveis, de acordo com o estudo publicado no “Jama Neurology”.
AS NRs E A PREVENÇÃO DE
DOENÇAS DEGENERATIVAS
Verifica-se assim que é necessária a adoção de medidas preventivas mais rigorosas para os trabalhadores expostos a agentes químicos, principalmente agrotóxicos no meio rural e quando há uma combinação do agente químico e ruído, ocasionando danos ainda maiores. Selecionamos algumas NRs em que determinados procedimentos são recomendados para uma correta prevenção. Abaixo, um infográfico do site NRFACIL da NR-7. Abrimos o Remissivo e selecionamos o item relacionado ao Quadro I no qual é possível estabelecer-se um controle de trabalhadores expostos a agentes químicos e os mecanismos de monitoramento. Acesse o texto completo desse item no site. Na NR-9 (veja no site), a principal exigência está contida no item Medidas de Controle.
Uma outra NR que alerta o SESMT sobre a presença de agentes químicos insalubres é a NR-15. Acesse a pasta da NR e veja no item Anexo 13 as indicações dos graus de insalubridade, havendo necessidade de medidas mais rigorosas em termos de tempo de exposição e limite de tolerância dos trabalhadores a esses agentes.
Entretanto, é na NR-31 onde existem especificações mais detalhadas sobre os agrotóxicos nos ambientes de trabalho, estabelecendo categorias de trabalhadores expostos de forma direta ou indireta, sendo obrigatório por parte do empregador a necessária capacitação de trabalhadores sobre a prevenção de acidentes com agrotóxicos, com carga horária mínima de 20horas. Há recomendações para a guarda, transporte e descarte de recipientes contendo agrotóxicos.
Ainda na NR-31 veja abaixo diversos itens com indicação dos fatores variados que estão associados à prevenção de contato
e intoxicação com agrotóxicos:
Boa Leitura!
Prof. Samuel Gueiros
Médico do Trabalho
Membro da Soc Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC)
Coord NRFACIL
Olá, sou TST, hoje podemos notar a importância de um trabalho executado com segurança de acordo com normas técnicas e outras nem tanto mais que são óbvias, meu pai hoje falecido trabalhou muito tempo com esse pesticida DDT, e os sintomas apontaram o pesticida como causa de sua morte, e hoje meu avô aposentado com 72 anos de idade, trabalhava juntamente com meu pai na FUNASA antiga SUCAM – Superintendência de Campanhas, sofre com Alzheimer em estado inicial, e o estado que sempre foi negligente com a situação na época, continua omisso com servidores e ex- servidores que tiveram sua saúde comprometida.
SOU TST 7457MTE TEMOS FOCAR, TEMOS QUE, EXCLUIR SEMPRE QUE FOR POSSIVEL NUMEROS,SENHAS,CODIGOS ,DADOS…
PARA ALIVIO CEREBRAL COM LEITURA DIGITAL E RESTRINGIR O TEMPO DE EXPOSIÇAO A SUBSTÂNÇIAS QUIMICAS TEM HAVER PROGRAÇÃO NOBRES COLEGAS ESTUDOS EXISTEM EM ABUNDÂNCIA…