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MEDINDO EXCELÊNCIA EM SEGURANÇA: UM ENFOQUE PRÁTICO
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MEDINDO EXCELÊNCIA EM SEGURANÇA: UM ENFOQUE PRÁTICO

por Adminstrador12 de novembro de 2012

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Que tipo de avaliação pode melhorar uma compreensão dos problemas em SST que leve a uma mudança cultural?

Fala-se muito em cultura de segurança e sustentabilidade de ações de segurança. O autor do artigo abaixo, é o mesmo dos artigos sobre Acidente-Zero, já publicados neste Blog com traduções exclusivas para os usuários do Sistema NRFACIL. Aqui, o autor enfatiza agora a questão da performance dos Planos e Projetos para a Segurança no Trabalho,  com um foco na transformação, buscando caminhar para a excelência em uma cultura de segurança. São princípios simples mas de muito significado para qualquer profissional do SESMT ou estudante na área de segurança e saúde no trabalho.  Seria possível “amarrar” os Programas das NRs e se conseguir essa transformação? O artigo deste post tem assim mais perguntas que respostas.

TRANSFORMAÇÃO PARA UMA
CULTURA DE SEGURANÇA

Sam Galloway, OHS on line

Ao sabermos previamente os resultados antes de assistir às competições nas recentes Olimpíadas de Londres é possível desenvolver uma perspectiva diferente.

Durante os Jogos Olímpicos as pessoas em outros países sabiam os resultados antes que os eventos passassem na televisão.  Ou seja, as pessoas sabiam quem ganhava a competição, antes de assistir suas performances. Entretanto, um aspecto deste ponto de vista é que as pessoas procuravam entender como a performance havia contribuído para a vitória. Nós temos que pensar do mesmo jeito com nossos sistemas de avaliação de segurança.

riscozeroEm um post anterior, abordamos que os objetivos para “acidente-zero” deveriam evoluir para uma abordagem em cima dos riscos. Isto não significar dizer que os objetivos sejam além de zero, porque isto é muito vago. Falando de forma direta: é claro que acidente zero e lesões zero devem ser objetivos em programas de segurança. Só não deve ser “o objetivo”. Uma vez que você chegue a um estado de acidente-zero seu programa de avaliação não vai mais te dar uma percepção clara de como melhorar.

O propósito deste artigo é sugerir diretrizes para avaliar excelência em segurança que é não somente prática, mas que possa da mesma forma ser implementada internamente.

Como já foi dito, as avaliações de incidentes não devem ser normativas, mas substituidas por uma metodologia mais descritiva de forma a não reduzir a motivação e a orientação. A excelência é conseguida quando uma performance bem sucedida é continuamente repetida, divulgada e produzindo os esperados resultados positivos.

Você tem idéia dos resultados baseados em seus sistemas de avaliação? Se você consegue ser bem sucedido, verifique se suas avaliações dizem a você como você conseguiu ou mesmo se dá pra ver a diferença entre pura sorte e eficiência de fato.

É claro que ninguem quer acidentes, mas lembre-se, isto é um objetivo definido de forma negativa que desenvolve motivação apenas para falhar menos. O que você quer conseguir? O que você gostaria que estivesse acontecendo mas que de fato não está?

Assim como assistir um evento da olimpíada após saber quem foi o vencedor, qual performance você observa que poderá dar a você confiança que grandes resultados possam ser conseguidos?

images2Para começar, reúna o pessoal do SESMT e de forma colaborativa, responda as questões abaixo:

1 – O que significa excelência em segurança? Em primeiro lugar, não se consegue muita clareza e uniformidade nessa questão. Se você perguntar a 10 diferentes pessoas na sua empresa sobre essa definição, você vai receber 15 respostas diferentes. Crie uma definição que a maioria acredite. Se alguem não compartilha seu objetivo, como você vai influenciar nas suas convicções?


2 – Como é que você acha que seria essa excelência?

3 – Como seria o comportamento no trabalho dos supervisores, diretores e empregados caso você tenha conseguido uma definição ou visão para “excelência em segurança?”; esses comportamentos são compatíveis com esse conceito?

4 – Como você iria avaliar se essas performances individuais estiverem alinhadas com a sua visão ou definição de excelência em segurança?

5 – Quais as atividades, iniciativas ou estrutura necessárias para criar competência ou para que a desejada performance possa ocorrer?

6 – Como você irá medir o impacto dessas atividades e performances nos resultados?

É importante saber em primeiro lugar onde você está bem como entender qual o caminho a ser adotado antes de identificar as iniciativas necessárias, a fim de que os resultados se aproximem dos objetivos estabelecidos; uma vez que essas iniciativas estejam claramente estabelecidas será necessário criar um sistema adequado para começar a avaliação.

Abaixo, algumas categorias para avaliação de performance transformacional em Segurança.

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Escala de Liderança para Excelência em uma Cultura de Segurança


O que os líderes em todos os níveis efetivamente fazem para considerar a segurança como um valor essencial e na direção da excelência? Enquanto existem muitas coisas que podem ser classificadas nesta categoria, é importante distinguir a diferença entre atividades de rotina e performance transformacional. Sem dúvida que algumas atividades como o número de planos de ação, auditorias, inspeções, observações e percentuais de treinamento são importantes mas é bom evitar cair na fácil armadilha de medir apenas as coisas que os líderes estão fazendo.

Embora essas atividades possam ser consideradas indicadores consistentes, eles não demonstram progresso ou transformação. Se você identificar 5 elementos essenciais que você desejaria observar no que um lider faz ou diz, como isso ocorre de forma consistente? Quantos lideres estão alinhados com a sua definição do que um grande líder deve parecer? E como isto está amadurecendo a sua cultura?

Maturidade para a Excelência em uma Cultura de Segurança

Experiências e pesquisas indicam alguns elementos de excelência em cultura e performance. Utilizar uma comparação com as melhores práticas é um exemplo. Outro é determinar qual a visão do que significa uma cultura de segurança madura na sua empresa.

Práticas Comuns para uma Cultura de Excelência em Segurança

O senso comum não é sempre a prática comum. Se nós sabemos para onde estamos indo, influenciando, ou perguntando as pessoas para fazer, será que elas estão fazendo? O quanto frequentes e efetivos eles estão sendo? Será que eles fazem de um jeito na presença dos outros e de outro jeito quando ninguém está olhando?

Incidência, Frequência, Custo

Acima estão os seus parâmetros para qualificar o seu Plano. Se estamos trabalhando nosso Plano e o plano não está produzindo melhora inicial ou sustentável nos resultados, nós temos que modificar e evoluir com o nosso Plano. Deveremos estar sempre prontos para avaliar os resultados. Será que estamos influenciando e desenvolvendo avaliações individuais para uma performance proativa?

Lembre que o propósito deste artigo é fornecer uma diretriz e não uma prescrição. Você terá que fazer mais do que isso para criar a responsabilidade e motivação necessárias para gerar um plano de avaliação. Uma vez que a diretriz estiver estabelecida, continue a questionar cada situação em curso. Enquanto existe um vasto potencial para oportunidades de avaliação em segurança, mantenha um foco na transformação. Como uma avaliação poderá desenvolver a melhor visão e facilitar melhor performance e transformação cultural?

Uma vez que você encontrar a melhor visão, como você irá criar senso de participação e assim isso se tornar uma avaliação da cultura como um todo e não apenas a sua visão?.

Sam Galloway é presidente da ProAct Safety, uma firma de excelência em consultoria.
(artigo publicado em Outubro 2012) na OHS online)
Tradução: Prof. Samuel Gueiros, Auditor Fiscal, Auditor OHSAS 18001
Coord NRFACIL

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