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ITAQUERÃO: TST HAVIA ALERTADO
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ITAQUERÃO: TST HAVIA ALERTADO

por Adminstrador28 de novembro de 2013

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Foto:  Folha de São Paulo

NOVAS NOTÍCIAS CONFIRMAM PRIMEIRAS IMPRESSÕES

A questão que vai se tornando crítica é: porque as empresas contratam profissionais de segurança se não seguem as prescrições ou não ouvem os seus alertas? esses profissionais não são elementos figurativos ou pra cumprir apenas a legislação e aí está o resultado, quando se perdem vidas e patrimônio. A busca do lucro e a pressa estão sempre associados a esses acidentes. Geralmente existem sinais precursores emitidos pelo pessoal da segurança ou de auditorias, que acabam sendo ignorados, achando-se que as providências recomendadas vão resultar em perda de tempo.

FOLHA DE SÃO PAULO
Alex Sabino

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil de São Paulo e deputado estadual, Antonio de Sousa Ramalho, afirmou que recebeu ontem uma denúncia de que, antes do acidente no Itaquerão, um funcionário fez um alerta sobre riscos de acidente com o guindaste.

Segundo a denúncia, apesar de o alerta ter sido feito por volta das 8h, as obras continuaram normalmente. Às 12h54, uma peça da cobertura que estava sendo instalada desabou de um guindaste e matou dois trabalhadores.

“Recebemos uma denúncia de um técnico de segurança do trabalho dizendo que havia alertado às 8h que aquela base de sustentação não era suficiente para o guindaste”, disse Ramalho.

De acordo com a denúncia, um engenheiro de segurança do trabalho viu um desnível no terreno, só que um engenheiro civil teria afirmado que era para prosseguir a obra.

Ele disse que a polícia deve ouvir o autor da denúncia, que está documentada.

O presidente da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho, Armando Henrique, afirmou que também recebeu uma denúncia de um técnico de segurança falando que havia evidência de que a estrutura não era segura.

O coordenador da Defesa Civil, Jair Paca de Lima, afirmou que ele foi no local em que estava a base do guindaste e que o caso precisa ser investigado.

“Visualmente, eu não notei qualquer afundamento no terreno, mas é preciso averiguar. As polícias técnicas e cientificas vão verificar isso. Se houve afundamento, foi muito pequeno, mas na utilização de maquinário pesado, isso pode fazer diferença”, disse.

Procurada a Odebrecht, ainda não se manifestou sobre a denúncia.

A empresa informou que as obras ficarão paralisadas até a próxima segunda-feira.

O ESTADO DE SÃO PAULO
Vitor Marques

“Um técnico de segurança da obra do Itaquerão já havia detectado que a base de sustentação do guindaste não era suficiente, e esse técnico chamou um engenheiro de segurança, que também detectou o problema e avisou os responsáveis da obra naquele setor do estádio”.

Veja situação similar na Arena do Amazonas, publicada neste Blog:

http://nrfacil.com.br/blog/?cat=172

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Adminstrador
9Comentários
  • Amaro Walter da Silva
    29 de novembro de 2013 até 09:58

    Infelizmente essa é a regra geral do que se passa e sempre se passou dentro das empresas. Nós alertando e sendo tidos como pregadores do caos. Cansei de passar por situações como essas ao longo de minha vida laboral. Sempre que alertava era tido como bruxo. Até cheguei a fazer comparações com a educação da criança. Você alerta; nada acontece. Você alerta : nada acontece. Você alerta e ninguém toma providências. Só que aí acontece. Lembram como é a reação da criança? Ela se virá contra você , te bate, xinga, porque você fez uma premonição do fato! Colocam os profissionais para cumprimento de exigências legais. E não lhe dão ouvidos. Passei por isso uma ocasião em uma Empresa de Coberturas de galpões. Toda segunda feira morria um por queda do telhado. Até que a situação estava insustentável, fui contratado para elaborar o PPRA. O TST da empresa estava para pedir conta pois não era ouvido. Fui ao executivo que me contratara e sugeri usar rede de segurança. Ele não quis nem ouvir, alegando que atrasava o serviço. Mostrei que não. Era só seguir uma certa rotina de trabalho que ia bem rápido. Tentaram e pronto. Acabaram as mortes e as perdas de tempo para dar explicações às autoridades. Quando me perguntou de onde eu tinha tirado a idéia, pois naquele tempo as redes eram desconhecidas, disse a ele: do seu TST que tem tentado aplicar e resolver este problema a muito tempo! E ele não foi mais embora e continuou seu trabalho nessa empresa. Isso é regra. O empregado se sente seguro e produz mais!

  • willma Melo
    29 de novembro de 2013 até 11:03

    Infelizmente nós como Técnicos de Segurança, em um caso como este, a primeira pergunta que se faz é: Onde estava o Técnico? como se os nossos olhos tem segurança e não o procedimento que se é tomando antes de acontecer. Não nos ouve, precisamos sempre tá na frente e insistindo para que as coisas possam andar na conformidade. Sei que o trabalho precisa ser feito, mas se não for feito com segurança, tudo pára.,Nesse caso, o que adiantou ter presa e não ter ouvido o Técnico? agora o que iram ficar parado, vão perder o tempo em que eles achavam que estavam adiantando?., Acredito que nessas frente de trabalhos, antes de começar qualquer trabalho, depois do Engenheiro, primeira pessoa a saber do que vai ser feito teria que ser o Técnico de Segurança, para que pudesse fazer avaliação do risco,…Agora chupa essa manga Odebrecht…..

  • Ricardo
    29 de novembro de 2013 até 12:18

    Nós tst realmente temos uma visão diferenciada, pois somos treinados para detectar riscos para o trabalhador. Enquanto o engenheiro civil tem outros focos, que são por exemplo, a parte técnica e a produtividade, o nosso foco é o risco ambiental.Talvez, com esta tragédia nós sejamos mais acreditados e não sómente para cumprir a legislação.Felizmente o meu engenheiro confia no meu trabalho, tendo com isto evitado alguns acidentes, sendo um, inclusive, quase fatal, se não fosse o meu alerta e o apoio do meu engenheiro.

  • Agnaldo Nunes
    29 de novembro de 2013 até 13:34

    .Na realidade o que se percebe no caso da arena em Itaquera é que já estava havendo uma certa auto confiança nos procedimentos de segurança,o pessoal já estavam naquela fase de que a obra acabou e que nada mais poderia vim a acontecer afinal ja era a útima peça a ser erguida.
    .So que na segurança do trabalho só existe o inicio e nunca devemos imaginar que nada mais pode acontecer porque quem é prevencionista precisa estar ligado 24 horas.

  • 2 de dezembro de 2013 até 20:06

    Acho engraçado pra que as empresas contratam profissionais de segurança, o papel deles e alertar e prevenir acidentes, mais estou vendo que a preocupação das empresas e somente cumprir tabela mostrar que tem todos os funcionários para as fiscalizações, agora escutar e tentar resolver o problema antes que aconteça uma tragédia isso a empresa não leva em conta. Vergonha.

  • Aline
    2 de dezembro de 2013 até 20:26

    Passei por uma situação bem semelhante, numa obra, os aventureiros, mestres, engenheiro civil queriam tirar um tubo com um pequeno guindaste, eu havia parado a atividade e escutei operador que falou que ele não iria colocar a carreira dele em jogo. Falei para todos que melhor do que ninguém que estava ali saberia dizer algo a respeito do que o cara que só fazia isso o dia inteiro, pois não tínhamos o peso da peça, O que foi feito é que contrataram mais um guindaste que custaria mais caro que o outro, ou seja eles ficaram indignados porque o custo era alto e mais o plano de rigger. Foi retirado com dois guindaste a peça. Só que por outro lado eu estava dando prejuízo!! Mesmo com dois guindaste ele ficou por um tempo suspenso, levantou. A sorte que a peça já estava no chão e deu tudo certo.
    Juntamente a isso comecei a fazer inspeções por escrito onde todos tinham que assinar que estavam cientes do risco. Ixi… foi uma briga, ninguém queria assinar. Resumindo, fui convidada a sair da obra.!!! Só que pelo menos fiz minha parte e não estou respondendo por nenhuma morte, diferente do dono da construtora e outros engenheiros que ali passaram.

  • wania
    3 de dezembro de 2013 até 12:12

    Minha opinião é seguinte se conselho fosse bom você não dava e sim vendia , que estavam vendo o perigo avisaram ,mas nao foi ouvido .Ás vezes aviso e bom ouvir como ,era só terem escutado o aviso do técnico de segurança

  • Francisco de Assis Dias
    4 de dezembro de 2013 até 12:53

    Vejo com preocupação a formação superior desqualificada na gestão de riscos. Seja engenharia civil ou qualquer outro ramo da engenharia. O principal problema hoje é que muitos gestores acham que os profissionais de segurança tem que fiscalizar uso de EPI´s e outras picuinhas mais. Estão esquecendo e fingindo fazer prevenção usando métodos arcaicos de gestão de riscos nos sistemas de gestão de SST no trabalho. Resultado: quase 800 mil acidentes registrados em 2011 sendo que 50% são doenças ocupacionais sem falar nos quase 3000 Óbidos. Os profissionais de segurança dominam a técnica de avaliação de riscos, ma não devemos esquecer que os resultados na gestão de riscos e da prevenção são obtidos por meio de uma equipe multidisciplinar. Os profissionais de segurança têm que trabalhar como assessores e coadjuvantes na gestão de riscos. Caso contrário vamos continuar contribuindo no aumento das estatísticas de danos e perdas. A capacitação tem que ser iniciada pelos cargos de liderança incluindo os diretores e presidentes de empresas.

  • Janaína
    9 de dezembro de 2013 até 15:42

    Só lamento por saber que a morte dos dois trabalhadores e o de todos os outros acidente de trabalho nesse mesmo dia, ainda não será o meio pelo qual as autoridades, empresários e os profissionais que tem a função de coordenar, se conscientize da ação criminosa que eles tem quando ignora as recomendações de prevenção de acidentes e segurança no trabalho.
    Todos os dias me pergunto: Quantos trabalhadores inocentes terão suas vidas interrompidas para que essas pessoas almejem respeito pela vida do outro? RESPEITO pelos trabalhos dos TSTs e todos profissionais que atua na área de segurança do trabalho?

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