(NR-4) QUATRO ETAPAS PARA GERENCIAR RISCOS EM SST
O artigo abaixo é uma tradução de site internacional, trazendo uma síntese sobre os principais procedimentos para uma Gestão de Riscos em qualquer ambiente de trabalho. São colocadas apenas 4 etapas com princípios gerais para identificação, avaliação, controle e revisão de riscos.
1. IDENTIFICAR RISCOS
Alguns riscos podem ser mais evidente do que outros por que eles são comum e bem conhecidos em uma determinadas indústria. Outros podem ser mais difíceis de identificar. É importante trabalhar junto dos trabalhadores e olhar para cada tarefa no ambiente de trabalho para assim cadastrar todos os riscos potenciais.
Registros de incidentes, as “quase” perdas, monitoramento da saúde e os resultados de inspeções podem ajudar a identificar riscos. Se alguem tiver sido lesionado durante uma tarefa particular, logo um risco existe que poderá ferir mais alguem. Incidentes de trabalho devem ser investigados para identificar qualquer risco e o seu correspondente controle.
2. AVALIAR O RISCO
Uma avaliação de risco pode ajudar a determinar:
A severidade do risco |
Se as medidas de controle existentes |
Quais as medidas que devem |
Qual a urgência para que |
Uma avaliação de risco é obrigatória para certas atividades de alto risco como:
ATIVIDADE |
NR CORRELATA |
Trabalho em |
NR-33 |
Trabalho sob |
NR-15 |
Trabalho em linha viva |
NR-10 |
Trabalho em construção |
NRs 18, 35 |
Por essa razão, a legislação (NRs) determina um planejamento prévio, a obrigatoriedade da capacitação e sobretudo necessidade de Análises de Risco e Permissão de Trabalho.
Alguns riscos já são bem conhecidos, existindo medidas bem estabelecidas e aceitas para controlar os riscos. Nesta situção, esta segunda etapa de avaliar formalmente o risco pode não ser requerida. Ou seja, após a identificação do risco, a equipe de supervisão já sabe o risco e como controla-lo de forma efetiva e assim basta implementar o controle já conhecido.
Entretanto, uma avaliação de risco deve ser implementada quando:
AVALIAÇÃO ADICIONAL DE RISCO |
Há uma incerteza se o risco vai resulta em lesões |
O trabalho envolve um número variado e diferente de riscos e pode haver uma falta de conhecimento sobre como os riscos podem interagir entre si para produzir novos ou maiores riscos |
Podem haver mudanças no local de trabalho com probabilidade de afetar a efetividade da medida de controle |
3. CONTROLE DOS RISCOS
A etapa mais importante no gerenciamento de riscos – eliminação do risco identificado até o momento da avaliação – é saber se a medida é razoável, praticável ou, caso não seja possível, como minimizá-lo de forma tecnicamente aceitável.
As formas de controle de riscos podem ser balanceadas desde o alto nível de proteção e confiabilidade para o menor nível. Isto é chamado de HIERARQUIA DE CONTROLES.
Na forma mais baixa do nível de proteção e confiabilidade, é necessário adotar o seguinte:
CONTROLES PARA BAIXO NÍVEL DE PROTEÇÃO |
Substituição no todo ou em parte do perigo que possa criar o risco de forma a se chegar a um risco menor |
Isolamento do risco de qualquer pessoa exposta a ele |
Implementação de engenharia de controles ou |
Se o risco ainda persiste, esse risco deve ser minimizado pela implementação de medidas de controle, através do EPI.
Controles administrativos são métodos ou procedimentos de trabalho desenhados para minimizar a exposição do risco (por exemplo, o uso de sinalização para advertir trabalhadores do risco).
Exemplos de EPI incluem dispositivos de proteção respiratória e de proteção visual. É importante lembrar que o EPI limita a exposição aos riscos mas somente se o trabalhador estiver utilizando o EPI de forma correta.
Controles administrativos e EPI só devem ser usados:
CONTROLES ADMINISTRATIVOS |
Quando não existir outra medida prática disponível |
De forma temporária, até se desenvolver um meio |
Para suplementar altos níveis de medidas de controle |
4. REVISÃO DE CONTROLES DE RISCO
O controle de riscos para a segurança e saúde no trabalho é um processo contínuo o qual necessita de se levar em conta quaisquer mudanças que possam ocorrer nos ambientes de trabalho. Esta é a razão porque os procedimentos de controle de risco devem ser revisados regularmente de forma a assegurar que eles ainda são efetivos.
Por exemplo, uma revisão dessas medidas é necessária, quando:
MEDIDAS REVISIONAIS |
Quando existirem falhas no controle implementado |
Quando ocorrer uma mudança nos ambientes de trabalho que provavelmente poderá levar à emergência de um novo risco que o controle atual não vai poder controlar |
Se um novo risco for identificado |
Se os resultados de uma inspeção indicar que |
Se um representante da CIPA requerer uma revisão visto que ele razoavelmente acredita que uma das causas acima pode ocorrer |
Se novos problemas forem encontrados, volte atrás e percorra as etapas anteriores, revisando as informações relevantes e implementando futuras decisões acerca do controle de riscos.
Ou seja, medidas de controle de riscos devem ser revisadas de forma mais frequente.
Fonte: Queensland Government
Tradução e contextualização:
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