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IDÉIAS PARA ACIDENTE-ZERO – Final
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IDÉIAS PARA ACIDENTE-ZERO – Final

por Adminstrador26 de junho de 2011

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O PAPEL EMERGENTE DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA

Neste último artigo, de uma série de 4 (veja os Posts anteriores, Parte 1Parte 2Parte 3) as ideias para acidente-zero enfatizam as principais características de um profissional de segurança:

  • conhecimento técnico;

  • domínio da legislação (NRs);

  • liderança para novos projetos.

Neste post, publicamos o final da série, traduzido do site OHS on line especialmente para os usuários e leitores do NRFACIL. A principal expressão utilizada neste último artigo é a “liderança transformacional”, a principal habilidade do profissional de segurança para levar a política de segurança na empresa para um novo patamar tecnológico.


lider-01-300x300PRATICANDO “LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL”
PARA CONSEGUIR ÊXITO EM SST

By Donald R. Groover, CIH, CSP, Jim Spigener

Nesta série, nós colocamos os novos desafios que estão sendo vividos pelos profissionais, as novas habilidades que temos que adquirir para operar nesta nova era e os desafios que vamos enfrentar se ficarmos estagnados.

A Segurança está tendo um papel cada vez mais central no mundo atual, porém, profissionais de segurança que se mantem presos aos êxitos e abordagens do passado, vão ficando cada vez menos relevantes.

Então, qual será a rota para o êxito?

Além das novas habilidades e conhecimentos, profissionais de segurança precisam se tornar tambem líderes de mudanças. Para completar esta série, vamos mostrar como um estilo baseado na liderança pode ajudar profissionais a serem de forma mais efetiva agentes de mudança não só em segurança mas em toda a performance da organização.

LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL

Fundamentalmente, um profissional de segurança precisa ter habilidades claras de gerenciamento. Ele ou ela precisam estar aptos para estabelecer as caracteristicas necessárias do pessoal da área, selecionar a pessoa certa no departamento ou na organização, saber onde encontrar respostas sobre questões técnicas e regulamentares (NRs) e estar apto para desenhar um projeto para uma nova demanda. Além disso, em um cenário empresarial de crescente complexidade e diversidade de demandas, o profissional de segurança tambem precisa se tornar um líder de mudanças.

Um líder transformacional gera grande entusiasmo e energia sobre os seus subordinados, e sobre todos à sua volta de forma que ele atua de forma que faz com que os outros queiram ouvi-lo e lhe dar atenção. Isso não quer dizer que o profissional de segurança fique se achando; de fato ele precisa se tornar justamente o oposto. Liderança é alguma coisa sobre a habilidade de proporcionar à pessoas um espírito de objetividade, que entende o trabalho que elas fazem e de que consegue direcioná-las à ação.

A frase “liderança transformacional” foi cunhada em 1978 por James Macgregor Burns para descrever essas qualidades. Burns definia seu espírito de liderança como uma habilidade que “induz os liderados a agir na direção de certos objetivos que representam os valores e motivações, as vontades e necessidades, as aspirações e expectativas de ambos – lideres e liderados”; desde então, liderança transformacional vem se tornando um tipo de estilo de liderança bem estudado e documentado. Líderes transformacionais tem sido olhados como pessoas que:

  • lideram grupos de trabalho que mostram de forma consistente serem mais produtivos e flexíveis;

  • contribuem para a canalização de mais lideranças;

  • atraem e mantem pessoas necessárias à organização;

  • conseguem máxima pontuação em melhores práticas de liderança.

trabalho-de-equipe1LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL pode ser entendida como tendo 4 caracteristicas ou dimensões:

Desafio: O líder alimenta seus subordinados com um fluxo de novas ideias desafiadoras no sentido de estimulá-los a repensar velhas formas de fazer as coisas. Ele desafia paradigmas que se mostram disfuncionais e promove racionalidade e solução detalhada de problemas. Exemplos de comportamentos derivados de estimulação intelectual incluem: encorajar liderados, não para pensar como o líder; criar uma espécie de “prontidão” para mudanças em pensar as coisas; encorajar todos a um amplo espectro de interesses;

Engajamento: o lider ajuda outros a se engajarem na direção desejada. Ele treina, monitora e promove retorno do que fôr discutido e disponibiliza atenção pessoal quando necessário, além de fazer a ligação das necessidades de cada setor com a missão da organização. Exemplos de comportamentos: criação de estratégias para melhora contínua, promoção de desenvolvimento pessoal dos colaboradores, encorajamento de iniciativas individuais, treinamento e aconselhamento.

Inspiração: o líder estabelece parâmetros elevados e comunica com entusiasmo os objetivos. Ele articula uma visão convincente e transmite confiança sobre conseguir o objetivo. Exemplos de comportamento: ajudar liderados a atingir níveis de performance além do que eles acham possível, demonstrando determinação própria e envolvimento para atingir objetivos; consegue expressar otimismo sobre como conseguir o objetivo e desperta uma aceitação emocional dos desafios.

Influência: o lider constroi um senso coletivo do tipo “missão acima do interesse pessoal” e desperta empenho para esta visão. Ele ganha confiança, respeito e sinceridade dos outros; leva em conta as consequências éticas de suas decisões; consegue imprimir um senso ético de suas decisões; considera os valores, crenças dos demais e consegue incutir orgulho. Exemplos de comportamento: desenvolver confiança na habilidade dos líderes em superar uma crise, atua como exemplo, sacrificando ganhos pessoais para o ganho de todos e cria um senso de que há uma missão a cumprir que pertence a todos.

Liderança transformacional não é um mistério. Ela é composta de comportamentos observáveis e seu efeito pode ser mensurado através de discussões com pessoas que estão em contato com o líder.

TORNANDO-SE UM LÍDER TRANSFORMACIONAL

A liderança transformacional cria a vontade de ir acima e além de interesse próprio dentro da organização. O desafio para profissionais de segurança é aprender como direcionar esta vontade como um investimento em segurança – ou seja, aprendendo como fazer a ligação entre o estilo transformacional às práticas de segurança. Para dar um exemplo de como um estilo de liderança pode influenciar boas práticas, vamos usar exemplos de duas bem conhecidas boas práticas de liderança: credibilidade e colaboração.

credibilidadeCREDIBILIDADE TRANSFORMACIONAL

Credibilidade como uma prática de liderança em segurança está relacionada a uma característica pessoal de admitir os próprios erros e os de outras pessoas, a de prestar informações honestas acerca de performance em segurança mesmo que não seja bem recebidas e de buscar compromissos com a segurança, além de outros elementos.

Para dar um exemplo de como alavancar comportamentos com credibilidade usando um estilo transformacional, vamos mencionar a atitude de dar informações honestas sobre desempenho em segurança.

Muitas empresas sofrem em gastar muito tempo em eventos com baixo potencial de risco. Por exemplo, líderes irão dar atenção de forma proporcional para cada item de NRs e assim um incidente com alto potencial para um acidente grave (como uma negligência associada a um sistema de acionamento/parada) irá obter o mesmo nível de atenção de um incidente (do tipo poeira nos olhos). É claro que uma poeira no olhos é importante mas a sua gravidade é baixa. Um profissional de segurança que dá destaque a esse tipo de inconsistência e defende uma mudança em como os eventos devam ser priorizados, vai ganhar credibilidade.

Qualquer um pode abordar essa tarefa sob diversas formas, mas a forma mais poderosa e de grande influencia poderá ser usar os desafios sob um estilo transformacional. Por exemplo, você pode organizar um grupo de discussão com as pessoas que você gostaria que influenciasse e perguntá-las porque os incidentes do trabalho são abordados da maneira que são. Ao invés de dizer as pessoas como elas precisam pensar sobre a situação, um profissional de segurança transformacional irá engaja-los em um grupo de discussão, colocando questões como: “que tipo de mensagem agente está passando quando os supervisores gastam a maior parte do seu tempo dando a mesma atenção a eventos de baixo risco quanto aos de alto risco?”

equipe-6COLABORAÇÃO TRANSFORMACIONAL

Colaboração como uma prática de liderança em segurança é alguma coisa como promover cooperação e espírito de equipe, instigando e encorajando questões vindas do próprio pessoal da segurança e que irá afetá-los. E, ainda, buscar e ouvir os diversos pontos de vista relativamente à segurança. Comportamentos de colaboração são geralmente desencadeados na direção da uma mudança. Mudanças são difíceis e as pessoas geralmente se acomodam a situação vigente a não ser que haja uma razão extrema que os leva a uma mudança. Novas direções fazem as coisas mais fáceis se as pessoas estejam engajadas e contribuindo para as decisões durante o processo. O profissional de segurança que entrar em campo e buscar provocar e obter feedback das pessoas que ele depende para implementar mudança é muito mais bem sucedido.

Colaboração em tomada de decisão não deve ser confundida com “consenso”, processo no qual um grupo chega a uma decisão conjunta. Com colaboração, o líder ainda mantem sua própria responsabilidade para tomar a decisão mas ouve os outros antes de decidir. Quando uma decisão ou iniciativa permite tempo para avaliação, o profissional de segurança pode solicitar sugestões de uma forma que encorage os outros a tomar parte na iniciativa em identificar soluções mais do que apresentar opções para que eles escolham. O profissional de segurança pode tambem orientar outros para tomar parte de novas iniciativas fazendo com que as pessoas comprem a ideia e dêem suporte à mudança.

TEMPOS DE ENTUSIASMO

Um grande acervo de pesquisa demonstra que excelência em performance de segurança está relacionada à excelência em outras formas de performance, como produtividade, lucratividade, qualidade, e serviços ao cliente.

Os dados demográficos dos ambientes de trabalho estão em mudança, havendo mais diversidade na formação, crenças e localização geográfica. Da mesma forma que as práticas de negócios e as normas. Um foco no ambiente da cultura e segurança e no desenvolvimento de habilidades de liderança e segurança em todos os níveis, pode determinar um caminho seguro para o êxito e sustentabilidade muito mais do que qualquer programa isolado.

Os tempos atuais são de mudança. Para o profissional de segurança que segurar as rédeas e desenvolver habilidades de liderança transformacional e continue pessoalmente desafiando seu nível de compreensão e crenças, conseguirá as maiores oportunidades e um trabalho muito mais gratificante.

Finalmente, trabalhando nesses atributos e habilidades, o profissional de segurança permanecerá como um significativo e bem vindo membro no círculo de outros executivos.

Imagem título: http://ecovap.blogspot.com/2010/04/acidente-zero.html
Tradução: Prof. Samuel Gueiros, Med Trab Coord NRFACIL

Leia a série IDEIAS PARA ACIDENTE-ZERO (publicado no original em inglês no site OHS on line):

Parte 1 Parte 2 Parte 3

Sobre o Autor:
Adminstrador
2Comentários
  • Carlos
    24 de julho de 2011 até 17:00

    Muito bom esse artigo, otima lição para nós da área de segurança
    com certeza quero colocar em prática no meu dia-dia, estou em inicio de carreira mais ja percebi o quanto a prática desse texto pode fazer a diferença para um profissional muito bom mesmo

    Parabéns!

  • Osmar Souza
    16 de maio de 2012 até 08:50

    Vamos corrigir a frase para:

    Nada muda se EU não mudar.
    Acidente zero.

    dá mais efeito…..

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